domingo, 7 de agosto de 2011

Viver com criatividade

Como continuação ao post anterior, devo dizer que tenho um objectivo muito claro, ao dar toda esta importância à criatividade.
Existe uma crença estabelecida de que "criativos" são os artistas, consequentemente, os artistas não fazem dinheiro, logo, o ideal é esquecermos essa história, pois não têm qualquer futuro profissional assegurado.

Mas a criatividade deveria fazer parte de cada um de nós. A capacidade de questionar tudo e todos, tem tendência em se exacerbar com a adolescência e morrer com ela. Como se fosse quase um patrocínio desta fase da vida. Quem questiona o estabelecido já na idade adulta, é considerado de louco, como se a maioria da população fosse constituída por puros génios, cujas cabeças produzem conceitos inquestionáveis.
Todos sabemos que não é assim. Que muitas das regras/procedimentos estabelecidos na sociedade de hoje parecem ter sido concebidos por mentecaptos, mas ninguém as questiona. A sério, não estou a exagerar mesmo, alguém percebe porque é que alguém com um seguro de saúde privado, que descontou toda a vida para o sistema nacional de saúde, é preterido quando resolve aceder àquilo que sempre teve direito e nunca usufruiu? Alguém consegue entender porque é que a Segurança Social sabe sempre o que temos em dívida, mas nunca faz acertos se pagamos em excesso? Alguém entende porque é que  quem infringe a lei e vai preso, não tem de trabalhar como o comum dos mortais, mas pelo contrário, é-lhe oferecida comida e tecto a custo zero?
Estas são algumas pequenas coisas, das muitíssimas que a meu ver não fazem qualquer sentido, mas ao mesmo tempo ninguém questiona. Era tudo, muito mais do que isto, que merecia ser repensado, analisado e reestruturado. Mas para isso, precisamos criar/educar seres pensantes, que questionem o estabelecido, abram asas à imaginação e não sejam automaticamente castrados por quem os rodeia, dando-lhes a liberdade para tornarem esta numa sociedade mais justa, mais adequada às necessidades de quem a serve.

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