sábado, 27 de agosto de 2011

Um desabafo!

Muitas vezes escrevo sem saber o que esperar de volta. Escrevo não sei para quem, não sei para quê, escrevo porque tenho de escrever, porque a minha cabeça não faz sentido de tão sobrepovoada de pensamentos que está.
E é difícil quando somos nós que não fazemos sentido...
Comecei por deitar fora toda esta parafernália de pensamentos no blog... nunca pensei sobre o que isso diria sobre mim, nunca pensei em quem iria lê-lo... Continuo a não fazê-lo, afinal o meu objectivo não é pensar mensagem alguma, apenas arranjar espaço para me mexer, arejar a cabeça... convenci-me que enquanto os despejasse ali deixariam de me incomodar, qual sapatos que deixam de estar no meu caminho e foram arrumados na prateleira. Pois é... parece que não basta. Isto aqui, às vezes faz tanto barulho que mal me consigo ouvir! Será que tenho uma fonte inesgotável de disparates para dizer? Não seria possível construir um móvel (este blog servia perfeitamente) e arrumar as ideias, os pensamentos, as palavras, todas direitinhas, por ordem alfabética ou por cores, tanto faz...
Queria-os arrumados sim, que deixassem de andar por aí aos saltos, a gritar e dançar, que fico cansada e desorientada.
Mas sei o que os acalmou, sei o que me permitiu ter descanso, não pensar em coisa alguma que me tire o sono ou a paz, a tão requerida calma: o SOL! O bem que me faz o sol! Se calhar chama-os lá para o alto ou tosta-os bem tostadinhos, coitadinhos dos pensamentos, que de tão queimados deixam de me incomodar.
Sol a jorros! Com mar a acompanhar, receita certeira para os males dispersar! Que bom ter a cabeça vazia, sentir-me leve que nem uma nuvem, as prateleiras arrumadinhas, os ditos sossegados sem saírem do seu lugar. Que maravilhosa calma!...

Como te invejo! É que o verão já passou, gozei-o mas está-se a ir... Deixa-me prolongar o momento, só mais um pouco de praia, o suficiente para me manter sã durante o longo inverno que há-de vir.

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